terça-feira, 31 de julho de 2012
O que fazer caso o aparelho ortodôntico quebre ou solte?
Para tratar problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida, face e arcos dentários, a ortodontia se utiliza de aparelhos fixos e ativos, que aplicam força externa para movimentar os dentes ou alterar a forma do maxilar. Esse dispositivo é composto por pequenas peças coladas em cada dente, chamadas bráquetes, e por um fio metálico chamado arco ortodôntico, responsável por puxar ou empurrar a arcada.
Ao longo do tratamento ortodôntico, pode acontecer de um ou outro bráquete se soltar do dente. O procedimento correto para quando isso acontece é bem simples: procurar o ortodontista para que os danos sofridos pelo aparelho dentário sejam reparados o quanto antes.
Por outro lado, pode acontecer de a profissional não estar imediatamente disponível para solucionar o problema. Isso geralmente faz com que muitos pacientes fiquem aflitos em relação à própria saúde e à continuidade do tratamento.
Antes de qualquer coisa, vale esclarecer que alguns dias com o dispositivo quebrado não são prejudiciais à saúde bucal, tampouco atrapalham a continuidade do tratamento. Por isso, caso a data da consulta para manutenção do aparelho ortodôntico esteja próxima, não há problema em esperar um pouco. O que o paciente não deve fazer, em hipótese alguma, é tentar colar o bráquete novamente ou apelar para outras soluções domésticas.
Também não é recomendável consultar pessoas conhecidas que já passaram por isso, pois cada aparelho possui composição própria e função diferente. Assim, a solução para um paciente dificilmente será a mesma da indicada para outras pessoas. Por isso, mexer no aparelho ortodôntico sem conhecimento de causa pode danificar ainda mais o dispositivo e causar danos ao tratamento e à saúde.
Caso você tenha que aguardar alguns dias para ser atendido pelo ortodontista, guarde as peças danificadas ou que se soltaram e não mexa no dispositivo. Se, em razão do dano, o aparelho estiver machucando a boca ou a gengiva, use a mesma cera de proteção indicada para aliviar o desconforto dos primeiros dias após a instalação do aparelho ortodôntico.
Em casos mais extremos, como gengiva ou língua cortadas ou infeccionadas, vale uma visita ao pronto-socorro. Certifique-se apenas que o estabelecimento possui um profissional qualificado em odontologia, e não se esqueça de avisar seu dentista do ocorrido e dos procedimentos que foram adotados.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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sexta-feira, 27 de julho de 2012
Por que as gengivas sangram?
O sangramento das gengivas durante a higienização bucal é um dos problemas mais relatados no consultório odontológico. Embora geralmente seja visto pelos pacientes como uma característica incômoda, mas “comum”, de sua gengiva, vale lembrar que uma boca saudável não sangra com facilidade. Portanto, caso isso aconteça, é sinal de que a pessoa pode estar sofrendo de alguma doença periodontal.
O sangramento é consequência de um processo inflamatório ou infeccioso que afeta a gengiva. Essas patologias são, invariavelmente, causadas por bactérias e açúcares, que formam a placa bacteriana. A placa é uma película pegajosa que, se não removida corretamente pela escovação dentária, evolui para doenças periodontais, como gengivite e periodontite.
Durante o processo inflamatório, seja na boca ou em qualquer parte do corpo, o sistema imunológico humano age para tentar eliminar o quanto antes os agentes nocivos que estão causando a patologia. Para isso, a circulação sanguínea aumenta no local afetado, assim como a quantidade de células de defesa do organismo. Desse modo, o local passa a apresentar coloração mais avermelhada e sangramento com o contato da escova ou fio dental.
Portanto, nesse caso, o sangramento não é algo completamente ruim, servindo para alertar que alguma coisa não vai bem e deve ser corrigida imediatamente. O problema é que a maioria dos pacientes associa o sangue a alguma lesão causada durante o processo de higienização, apenas interrompendo a escovação no local.
Na realidade, o que deve ser feito é o oposto: a higienização deve ser intensificada. Isso porque a infecção já foi causada por uma escovação inadequada, e deixar de fazer a correta higienização do local apenas alimentará ainda mais os microrganismos causadores do problema, facilitando o desenvolvimento de doenças bucais mais graves, como a infecção do osso mandibular, perda de dentes e retração gengival.
Por isso, sempre mantenha uma escovação cuidadosa, e caso o problema não passe em poucos dias, procure o dentista para o tratamento adequado.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quarta-feira, 25 de julho de 2012
Pasta de dente clareadora realmente funciona?
Embora alguns pacientes ainda acreditem que a pasta de dente sirva apenas para deixar o hálito agradável após a escovação dental, o creme é um produto químico que cumpre papel fundamental para a manutenção da saúde bucal. Isso porque seus compostos agem para eliminar a concentração de microrganismos, equilibrar a acidez da boca, fortalecer os dentes e remover a placa bacteriana.
O mercado disponibiliza diversos tipos de cremes dentais que, além de oferecer sabores diferentes, prometem cumprir funções específicas, sendo a ação clareadora ou branqueadora a mais comum delas. Entretanto, um estudo realizado em 2009 pela Associação Brasileira de Defesa ao Consumidor, conhecida como Pro Teste, mostrou que o uso da maioria desses produtos não resulta, na prática, em clareamento dentário efetivo.
A entidade avaliou as sete pastas de dente de maior representatividade no mercado nacional: Close-up Extra Whitening, Colgate Total 12 Whitening, Sensodine Branqueador Extra Fresh, Aquafresh Ultimate White, Sorriso Whitening Explosion, Crest Extra Whitening e Colgate MaxWhite.
Para avaliar o efeito clareador de cada uma delas, foram feitos 3 mil movimentos circulares em amostras de dentes humanos — o equivalente à escovação de um mês, aproximadamente. Ao final do teste, apenas as amostras da pasta da Close-up e da Colgate Total 12 Whitening apresentaram mudanças de cor.
Por outro lado, foi identificado que todas as pastas — tanto as aprovadas quanto as reprovadas — são mais abrasivas que as comuns e funcionam como um “esfoliante” nos dentes. Portanto, elas são capazes de remover placa bacteriana, sujeira e até mesmo algumas manchas. O resultado é um dente ligeiramente mais branco, mas por ação da limpeza, e não porque uma reação química modificou a cor real do dente — como ocorre no caso do clareamento profissional, que usa peróxido de hidrogênio.
Como contraponto, a característica abrasiva desses cremes dentais faz com que seu uso contínuo resulte em desgaste do esmalte dentário, o que pode provocar aumento na sensibilidade e deixar o dente mais suscetível a infecções.
Para não ter prejuízos à estrutura dos dentes, o ideal é que as pastas “clareadoras” sejam utilizadas apenas como complemento ao clareamento feito em consultório e somente por um período determinado pelo dentista.
Consulte sempre um dentista.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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terça-feira, 24 de julho de 2012
Faceta laminada é alternativa para pacientes que não podem fazer clareamento dentário
Capaz de solucionar o incômodo causado por dentes amarelados, o clareamento dental é um tratamento odontológico muito eficiente e praticamente livre de contraindicações. Em geral, o peróxido de carbamida ou de hidrogênio que compõe a solução clareadora não consegue alterar as cores dos produtos utilizados em restaurações dentárias e coroas. Por isso, o procedimento de clareamento não é recomendado aos pacientes que possuem dentes muito restaurados.
Para eles, a solução estética mais indicada para promover o clareamento dentário é a aplicação de facetas laminadas. Essa técnica consiste na confecção de uma película em porcelana de aproximadamente 0,5 milímetro de espessura. A faceta envolve apenas a parte frontal do dente, como se fosse uma unha postiça, deixando instantaneamente a arcada na cor escolhida.
Além de resultado bem mais rápido do que o obtido no clareamento dental, a aplicação de facetas laminadas apresenta como vantagem a ausência de efeitos colaterais, como a sensibilidade comum ao procedimento de clareamento. A presença das facetas também não impede a realização de outros eventuais tratamentos, como limpeza, extração de cáries ou procedimentos endodônticos.
Existem dois tipos de facetas laminadas: as de porcelana, produzidas em laboratório e ajustadas aos dentes, e as compostas, nas quais uma resina é aplicada diretamente nos dentes. Em geral, as facetas de porcelana são mais caras do que as compostas (entre de R$ 1 mil e R$ 2,5 mil por dente, contra R$ 250 para cada dente no caso da faceta composta). Contudo, as facetas de porcelana chegam a durar até 15 anos, enquanto as compostas devem ser trocadas após cinco anos.
A aplicação de facetas laminadas também é indicada para pacientes que apresentam manchas nos dentes causadas por uso de tetraciclina, má formações que não afetem a saúde bucal, idade avançada ou para aqueles que já realizaram o procedimento de clareamento, mas não obtiveram resultados. Para casos que não se encaixam em nenhuma dessas condições, o clareamento é sempre a primeira opção.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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Para eles, a solução estética mais indicada para promover o clareamento dentário é a aplicação de facetas laminadas. Essa técnica consiste na confecção de uma película em porcelana de aproximadamente 0,5 milímetro de espessura. A faceta envolve apenas a parte frontal do dente, como se fosse uma unha postiça, deixando instantaneamente a arcada na cor escolhida.
Além de resultado bem mais rápido do que o obtido no clareamento dental, a aplicação de facetas laminadas apresenta como vantagem a ausência de efeitos colaterais, como a sensibilidade comum ao procedimento de clareamento. A presença das facetas também não impede a realização de outros eventuais tratamentos, como limpeza, extração de cáries ou procedimentos endodônticos.
Existem dois tipos de facetas laminadas: as de porcelana, produzidas em laboratório e ajustadas aos dentes, e as compostas, nas quais uma resina é aplicada diretamente nos dentes. Em geral, as facetas de porcelana são mais caras do que as compostas (entre de R$ 1 mil e R$ 2,5 mil por dente, contra R$ 250 para cada dente no caso da faceta composta). Contudo, as facetas de porcelana chegam a durar até 15 anos, enquanto as compostas devem ser trocadas após cinco anos.
A aplicação de facetas laminadas também é indicada para pacientes que apresentam manchas nos dentes causadas por uso de tetraciclina, má formações que não afetem a saúde bucal, idade avançada ou para aqueles que já realizaram o procedimento de clareamento, mas não obtiveram resultados. Para casos que não se encaixam em nenhuma dessas condições, o clareamento é sempre a primeira opção.
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quinta-feira, 19 de julho de 2012
Perder os dentes é sinal de velhice?
Há uma triste e perigosa crença em relação aos dentes e o envelhecimento. Muitas pessoas acreditam que a perda dentária é simplesmente um sinal de velhice. E, por crer que isso acontece por fatores naturais da idade avançada, não fazem nada para manter a saúde bucal e os dentes naturais.
Essa associação, embora seja muito comum, está completamente equivocada. Em geral, os dentes e os ossos que dão suporte à arcada dentária não envelhecem na mesma medida que o corpo, e o normal é que as pessoas cheguem ao fim da vida com todos os dentes na boca. Uma prova disso está nas ossadas pré-históricas estudadas pela Antropologia, as quais, mesmo após centenas de anos, ainda possuem os dentes bem fixos.
A perda de dentes acontece somente quando há o desenvolvimento de alguma doença ou fator que afete diretamente a região oral, e o mais normal é que isso ocorra por falta de cuidado adequado com a higiene e saúde dos dentes ao longo da vida. Nestes casos, a evolução do processo por décadas pode, sim, resultar em queda dos elementos dentários na velhice. A manutenção de hábitos pouco saudáveis também contribui para essa situação, como consumo de álcool e tabagismo.
Vale lembrar que a perda dentária influencia diretamente na qualidade de vida dos idosos. Além de aumentar a boa autoestima nos pacientes, manter os dentes saudáveis e naturais garante que pessoas da terceira idade se alimentem e se comuniquem sem dificuldade, evitando dois dos maiores problemas enfrentados pelos geriatras.
Os dentes são tão importantes para a qualidade de vida dos idosos que, na maioria dos casos, um tratamento de correção é indicado para preencher o espaço deixado pelo dente perdido, com uso de próteses dentárias ou até mesmo de aparelho ortodôntico. Assim como pacientes mais jovens, os idosos precisam visitar regularmente o dentista, a fim de identificar e corrigir outros problemas comuns, como gengivites, periodontites e cáries.
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segunda-feira, 16 de julho de 2012
Aparelho de contenção garante consolidação de posicionamento dentário
As técnicas ortodônticas utilizadas para tratar os problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida, face e arcos dentários se concentram na aplicação de força externa gerada por aparelhos fixos e ativos. Existem diversos tipos de aparelho, mas todos se baseiam na mesma ideia de movimentação dentária por uso da força.
O tratamento, entretanto, não está finalizado tão logo o aparelho ortodôntico consiga levar os dentes à posição correta. Após a remoção do dispositivo, é natural que os dentes sofram uma “acomodação” conforme o impacto da mastigação sobre eles. Para garantir que a arcada dentária não volte a se desalinhar, é utilizado um aparelho de contenção.
Essa fase final do tratamento é muito importante: uma vez que a função do aparelho é consolidar a nova posição adquirida pelos dentes, a contenção inadequada ou inexistente pode fazer com que todo o tratamento já realizado seja perdido. A duração do tempo de contenção varia de acordo com cada caso, podendo ser de poucos meses e até mesmo por alguns anos.
O aparelho de contenção pode apresentar alguns desconfortos iniciais, como dificuldade para conversação e excesso de saliva. Esses pequenos problemas, contudo, passam em poucos dias e não devem se tornar motivo para que o dispositivo seja tirado a toda hora da boca, pois a constância da utilização é fundamental para a ação da contenção.
O uso do aparelho deve respeitar a determinação do ortodontista, mas, em geral, ele é retirado apenas durante a alimentação e higienização dos dentes.
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sexta-feira, 13 de julho de 2012
Descubra o quanto os dentes ficam brancos após o clareamento dental
Capaz de solucionar o incômodo que dentes amarelados podem causar aos pacientes, o clareamento dental é um dos tratamentos odontológicos mais procurados atualmente.
Existem dois tipos básicos de clareamento: o caseiro e o de consultório. A técnica empregada varia de acordo com a expectativa do paciente e o tempo disponível para que o tratamento dê resultado.
Embora o clareamento dentário seja muito eficiente e praticamente livre de contraindicações, é necessário que os pacientes entendam que sempre há um limite para o tratamento. Isso porque existem diversos fatores que determinam qual será a resposta dos dentes, e nem todos esses fatores podem ser controlados pela dentista.
A genética, por exemplo, é um dos agentes que influenciam diretamente no amarelamento dentário. Pessoas muito brancas sempre terão maior tendência a possuir dentes amarelos.
O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, por sua vez, estão entre os motivos evitáveis de amarelamento. Como causadores do escurecimento, ainda é possível destacar o uso de antibióticos do grupo tetraciclina, traumas na região da boca e tratamento de canal.
Por conta da variação de fatores, dentes escurecidos ou amarelados inevitavelmente possuem algum grau de coloração que não reage ao tratamento. Por isso, dentes absolutamente brancos é uma meta impossível. Até porque cada pessoa possui uma cor natural para seus dentes que, em geral, combina com seu tom de pele.
O clareamento dentário também sofre com os limites impostos pelo próprio uso do gel clareador. A solução é composta por peróxido de carbamida ou hidrogênio, que são substâncias ácidas e podem causar sensibilidade e alterações na mucosa se usadas em exagero. Por isso, o tratamento não pode ser prolongado por muito tempo.
Vale lembrar, por fim, que a cor natural dos dentes é levemente amarelada, e o clareamento nunca irá além disso. Caso o paciente deseje dentes ainda mais brancos, a dentista usará facetas laminadas, que se assemelham a unhas postiças. Essa intervenção, entretanto, é considerada desnecessária, uma vez que dentes extremamente claros tendem a ficar com aparência artificial.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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terça-feira, 10 de julho de 2012
Aparelho ortodôntico interfere na prática esportiva?
O tratamento ortodôntico é um processo que costuma gerar muitas dúvidas entre os pacientes, principalmente com relação à possibilidade de dor causada pela utilização do aparelho dentário. Alimentação e a eventual interferência do dispositivo nas atividades cotidianas também costumam preocupar algumas pessoas.
Desde que o paciente siga as instruções dadas pelo ortodontista, principalmente no que diz respeito à higienização bucal, e compareça regularmente às consultas para ajuste do dispositivo, a instalação do aparelho ortodôntico não resulta em grandes mudanças no dia a dia, tampouco oferece riscos à saúde.
Para os pacientes que praticam esportes, é necessária atenção especial para que o aparelho não machuque a boca em caso de possíveis “encontrões”, quedas ou boladas. Atividades individuais, como natação ou ciclismo, não necessitam de nenhum tipo de cuidado especial. Por outro lado, para esportes de contato, como artes marciais e futebol, um protetor bucal se torna necessário para a segurança do paciente.
De modo geral, esse protetor é feito de silicone. Por ser normalmente utilizado por praticantes de lutas, pode ser encontrado com facilidade em lojas de material esportivo. O protetor pode ser colocado em ambas as arcadas dentárias ou apenas na superior, dependendo do tipo de esporte praticado. Esse dispositivo possui tamanho único e, muitas vezes, é necessário adaptá-lo à boca. O inconveniente desses protetores é que o esportista tem de manter a boca fechada durante o uso, para que ele não caia.
Por outro lado, o paciente pode optar por um protetor bucal personalizado, confeccionado em silicone com base em um modelo da boca do paciente, feito de gesso. Esse tipo de protetor se adapta perfeitamente à boca, oferecendo maior conforto. Entretanto, demanda acompanhamento do dentista, que irá fazer a moldagem necessária e realizar possíveis ajustes.
Para pacientes que praticam esportes, a dica é consultar sempre o ortodontista para apuração da real necessidade de uso do protetor bucal durante as atividades físicas e para indicação do modelo mais adequado.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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quinta-feira, 5 de julho de 2012
Alimentação com aparelho ortodôntico
A eficácia do aparelho fixo no tratamento ortodôntico está diretamente ligada à colaboração do paciente, que deve adotar alguns cuidados para não atrasar a movimentação dentária. A correta higienização é imprescindível para garantir a saúde bucal e evitar que o tratamento seja prejudicado ou interrompido pelo desenvolvimento de outros problemas bucais.
Além disso, o paciente deve ter cuidados especiais com o tipo de comportamento adotado no cotidiano e com a alimentação, garantindo que o dispositivo não seja danificado. Os bráquetes, colados aos dentes, são capazes de suportar a força que o aparelho exerce para a movimentação exigida pelo tratamento, mas não suportam forças exageradas. Por isso, hábitos como roer as unhas, mastigar gelo, chupar o dedo e morder lápis podem quebrar o dispositivo, além de serem anti-higiênicos.
Em relação à alimentação, recomenda-se que o paciente evite comer balas, pirulitos e gomas de mascar que sejam do tipo “grudentas” ou duras. Também deve-se ter atenção especial ao consumo de milho verde, caramelos, quebra-queixo e alimentos que soltem fiapos quando mastigados, como manga e carnes fibrosas.
Para o consumo de frutas e vegetais mais duros, como maçã ou cenoura, o ideal é cortar o alimento em pequenas partes que entrem por inteiro na boca, eliminando a necessidade de arrancar os pedaços com a mordida. Carnes também devem ser consumidas em pequenos pedaços, mas com atenção especial à higiene, pois elas costumam grudar bastante nos bráquetes.
Vale lembrar que nenhum desses alimentos é expressamente proibido, exigindo apenas cuidado especial em relação ao consumo. Todos eles serão totalmente liberados pela dentista ao final do tratamento ortodôntico. Por isso, vale a pena se esforçar alguns meses para ter a saúde bucal em dia
Texo por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde.
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terça-feira, 3 de julho de 2012
Quais as características do sorriso perfeito?
A ortodontia é a área da Odontologia responsável por estudar, diagnosticar e tratar problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida. Embora o objetivo principal da especialidade seja a reabilitação da boca para que ela esteja saudável e capacitada a realizar perfeitamente suas funções de fala, mastigação e oclusão, uma aparência mais harmoniosa da face também faz parte do resultado obtido com o tratamento ortodôntico.
É muito comum que pacientes incomodados com a própria aparência procurem a ortodontista em busca de correções estéticas. Essa não é uma medida errada, e apenas a profissional pode determinar a real necessidade de utilização do aparelho ortodôntico, bem como identificar quais serão os benefícios para o paciente que se submete ao tratamento. Para isso, a especialista utiliza diversos instrumentos de diagnóstico, como moldes de gesso, radiografias e histórico médico.
Embora as proporções faciais e dentárias não sejam definitivas, há um padrão que facilita a observação e leitura da formação dos dentes e ossos. Existem diversas fontes na literatura especializada que determinam um parâmetro para avaliar a harmonia tanto da face quanto da dentição, mas nenhuma delas é absoluta.
Para obter bons resultados estéticos, a avaliação facial é tão fundamental quanto o estudo dos dentes. Por isso, existe um parâmetro que classifica os pacientes de acordo com o padrão de crescimento e formato facial. Assim, os rostos podem ser divididos entre padrão I, II, II, face longa e face curta, sendo que cada um deles está associada a características de formação óssea que favorecem determinadas aparências e problemas ortodônticos.
Para os dentes, foi desenvolvido em 2006 o Diagrama de Referências Estéticas Dentárias (DRED), definindo o posicionamento e proporção que os dentes apresentam entre si e também em relação aos lábios e gengivas. Os fatores que definem a melhor estética dentária, de acordo com o DRED, são os seguintes: simetria, eixo dentário normal (sem inclinações e angulações fora do normal), contorno gengival proporcional, contato interdental e proporções dentárias.
A determinação desses padrões é essencial para a ortodontista definir o tipo de tratamento que irá maximizar a estética do paciente. Vale lembrar, porém, que os padrões de beleza sofrem muita influência do momento histórico e cultural. A ortodontia, por sua vez, não deve seguir tendências, e sim a correção e preservação da funcionalidade dos dentes e da saúde bucal, podendo nem sempre agradar a expectativa estética do paciente.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
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