É muito comum falar de flúor quando o assunto é higiene bucal. Este mineral natural é largamente distribuído pela natureza e encontrado em alguns alimentos, como frutos do mar e água fluoretada. Grandes entidades, como a Associação Brasileira de Odontologia e Organização Mundial de Saúde, por exemplo, endossam o uso do flúor como ação preventiva contra cáries.
Na década de 30, pesquisadores encontraram pessoas que apresentavam menor número de dentes cariados e tinham como característica em comum o crescimento em região com águas naturalmente fluoretadas. Desde então, muitos estudos foram conduzidos para definir a dose ideal de flúor para aumentar a resistência do esmalte dentário sem alterar sua aparência.
O mineral ingerido se concentra nos ossos em crescimento e nos dentes, ajudando a endurecer o esmalte de dentes de leite, permanentes que ainda não nasceram e permanentes que já se formaram. O flúor também atua nos processos de desmineralização e remineralização dos dentes, que ocorrem naturalmente na boca.
Após a alimentação, a saliva libera ácidos que causam a desmineralização dentária, ou perda de elementos minerais importantes, como o cálcio e fósforo. Quando a saliva está menos ácida, ocorre a remineralização, que é a reposição desses minerais. Com a presença de flúor, o cálcio e fósforo depositados nos dentes são mais duros e resistentes, resultando em fortalecimento dentário.
Quando os processos de desmineralização e remineralização estão em desequilíbrio, a destruição dos tecidos dentários pela ação de bactérias fica favorecida, formando cáries. Por isso, o flúor é tão importante para a manutenção da saúde bucal e deve ser utilizado em quantidades suficientes durante a escovação. A insuficiência de flúor na boca é detectada por um dentista, que pode informar onde encontrar a quantidade ideal e até receitar suplementos específicos do mineral.
Texto por Dra Kamila Godoy - Ortodontista da AB Saúde
http://kamilagodoy.wordpress.com www.absaude.com
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